Este blog foi criado com a pretensão de despertar nas pessoas, o compromisso, o respeito e os valores éticos e morais na diversidade. É necessário refletir sobre esses valores, para que as diferenças sejam respeitadas cada vez mais e a convivência aconteça de forma verdadeiramente democrática.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Política e cidadania - Onde fio?
Política e cidadania
“Sem comentários sobre Padaria e criação de peixes para alimentar o povo, pedreiro mecânico para construção de casas populares, que são assuntos utópicos pelo menos por enquanto; o que gostaria de ver realizada é a recuperação do parque da grota, uma remanescência da mata Atlântica localizada em nosso município e tem feito parte das promessas dos políticos mas nunca da realização de uma recuperação de fato. O descaso é a tônica que envolve a recuperação desta área verde da cidade......” Mais ou menos assim começava um texto de minha autoria publicado no Diário da região nos idos dos anos 90 e, que apesar de não citar nomes me rendeu alguns desfortúnios que não convém neste momento citar. O meu descontentamento com a política vem desde a adolescência, seja com a política nacional, estadual ou municipal. Mesmo antes de saber o que era política, ainda operário fui intimado pelo líder do sindicato a me explicar sobre o porquê queria derrubá-lo. Isso tudo por conta de alarde feito pelos operários que me elegeram simbolicamente para compor uma chapa que pela primeira vez ia confrontar com àquela que já estava por muito tempo na liderança. Sempre fui meio idealista e acredito na briga por um mundo de direitos e leis respeitados. Cheguei até a sonhar com uma luta por uma política séria onde eu fazia parte como vereador, mas os primeiros passos da primeira candidatura fez com que o sonho fosse abortado e o descontentamento viesse. Os meandros da política para alcançar o sonho deixei para outros heróis porque eu não tinha o perfil para tal. Decidi então que o faria melhor sendo simplesmente educador, que era o sonho que acalentava desde a tenra idade; e cidadão crítico acima de tudo, porque quando o povo se cala ou se recolhe o desencaminhado toma conta.
O que nos deixa magoados, homens e mulheres de bem, é o descaso com que os nossos políticos tratam a coisa pública; a moral, a ética, a seriedade e o comprometimento com o bem comum. Estão, na maioria das vezes, ausentes no cotidiano dessas pessoas.
Que câncer moral e ético atinge nossa sociedade??
Desgostoso ainda mais fiquei com o resultado na eleição para presidente em 1989, que com a bandeira de “caçador de marajás”, Fernando Collor de Melo sai vitorioso e provoca o caos com o confisco da poupança no primeiro dia de governo. denúncias de orrupção resulta no processo de impeachment, ficando oito anos inelegível. A mesma mídia que o elegeu o derrubou. Digo isso porque é o povo que vota mas o dito “ coronelismo eletrônico” permanece mais feroz e perverso do que antes. Hoje ele é senador pelo seu estado, Alagoas.
E a educação o que pode fazer diante do quadro alarmante em que alienação popular prevalece? Não saberia dizer se os resultados poderiam ser significativos a curto prazo, mas que o caminho é perseverar e fazer como o solitário que estava recolhendo as estrelas- do -mar e devolvendo à água e o passante pergunta: - Mas porque salvar uma estrela -do -mar se outras tantas perecem ao mesmo tempo??? O solitário sonhador retruca: - pelo menos esta eu salvei, fiz alguma coisa, fiz a minha parte! Mas é árduo e trabalhoso o trajeto, principalmente quando você vê em um noticiário que mostra uma criança falando de um celular com o pai que comanda o crime de dentro de uma penitenciária pedindo um presente da seguinte maneira: - Pai quando você tiver com uma vítima, diz para ela comprar um skate e um secador?? Ao que o pai responde: - É isso que você quer?? Mas não é mixaria?
Como estabelecer valores para crianças que não tem o mínimo de respeito no trato com as outras pessoas, com o limite do que é seu e o que é de outros passados pelos próprios pais???
Fato é que esta degradação política têm feito mais vítimas do que qualquer epidemia, tem provocado mais desrespeito do que qualquer massacre a mão armada. Os bandidos matam e roubam com as armas de fogo, o político mata com a “canetada” e com a “blindagem” criada pelos próprios conchavos orquestrado por eles, assim hospitais, escolas, pavimentação de ruas, saneamento básico, combate a doenças, epidemias etc., deixam de ser feitos.
Este ano é eleitoral. Pense bem : antes os maus políticos faziam fontes luminosas as vésperas da eleição e deixavam dívidas para o mandato seguinte, hoje eles juntam dinheiro por causa da lei de responsabilidade fiscal e maqueiam a cidade às vésperas da eleição para ganhar o voto seu. Reflita: Seu bairro e cidade estiveram bem servidos dos serviços essenciais o tempo todo do mandato??? Você corre o risco de ficar quase ou todo o mandato seguinte sem os mesmos serviços. O serviço feito foi de qualidade??? O afã em conseguir cumprir as licitações faz com que vença a empresa que cobre mais barato e não a que realize os melhores serviços. Seu candidato é aquele que se filia a um partido só para se candidatar e depois “dá banana” para a sigla?? Ou muda de partido e faz coligações com qualquer tipo de político ou partido?? Se ele coloca em primeiro lugar já de cara ele mesmo, quem você acha que ele vai colocar em primeiro lugar quando não tiver o peso do seu voto para impedí-lo??
Com certeza você dirá então não sobra ninguém??? É, eu disse no início que era difícil! Talvez não sobre quase ninguém, mas se vingue dos mais políticos: REFLITA!!!
Você é livre, seu voto é secreto, não venda seu voto, não se venda! Não seja uma “maria –vai-com-as-outras”, não entre naquela de que ninguém faz nada mesmo, pense bem, reflita!!!!
E, para fechar com uma compilação de notícias da política regional :
Coelho é condenado a 10 anos de prisão
Edilson Garcia Coelho, prefeito de Mirassol, por duas vezes, na segunda vez com mais de 40% dos votos válidos, foi acusado pelo ministério público e condenado pelo juiz da 1ª vara de Mirassol , Marcelo Haggi Androtti, de desviar 2,8 milhões de reais dos cofres público e comandar esquema de corrupção na prefeitura entre janeiro e agosto de 2005, e condenado a dez anos de prisão em regime fechado, com base no decreto 201/67. Foi cassado ainda á época que era prefeito pela Cãmara por desvio de 475 mil do Fundef.
Além dele foram também condenados a sua filha Andressa Cristina Garcia condenada a três anos de reclusão em regime aberto; o tesoureiro Eliezer Antônio Milani dos Santos condenado a cinco anos de reclusão em regime semiaberto; a tesoureira Ana Márcia Campanholo Vendite condenada a três anos e quatro meses em regime aberto além da perda do cargo público.
A condenação é em 1ª instância e cabe recurso da decisão junto ao tribunal de Justiça de São Paulo.
Oscarzinho Pimentel e suas peripécias políticas
Agosto de 2011, Oscarzinho Pimentel( PSL) apresentou projeto para aumentar o número de cadeirasde 17 para 23 e reajustar salários dos parlamentares em 75%. Sua tentativa de impedir a entarda de cidadãos na Câmara, virou alvo de ação do Ministério Público acusado de manipular a distribuição de senhas.
Este ano outra polêmica, desta vez religiosa. O pastor o comparou a Jesus Cristo. Um mês depois tirou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida do gabinete da presidência , imagen esta doada a muito tempo e considerada patrimônio do município. Foi obrigado a recoloca-la no lugar, mesmo sendo evangélico.
A última foi a acusação de ter participado de um suposto programa sexual com duas menores. Negou e apresentou como àlibe o culto em sua Igreja, o que foi rechaçado pelo pastor.
Apesar tentativas da articulação do governo municipal e pareceres de seus colegas parlamentares para que ele se afastasse da presidência , diz que não vai se afastar e rebate mesmo sem apresentar qualquer nome ou prova de que a menor que o acusa e sua mãe teriam recebido vinte mil reais para fazer a denúncia. E... o embate continua.
Espero que no caso das denúncias e condenações aqui elencadas tudo se esclareça! Acredito na justiça ainda apesar da sociedade louca que vivemos!!! E, um conselho, reflita!
por Sílvio Aparecido Casagrande
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